quinta-feira, 25 de julho de 2013

Praia do Forte e das areias brancas

As águas transparentes e a areia muito branca são as marcas da Praia do Forte, em Cabo Frio. Suas dunas são tão conhecidas quanto as frias ondas nas quais surfistas de todo canto dropam alegres.


 Os prédios baixos estão dispostos de modo a não barrar a circulação do vento que sopra do mar.



Guarnecida por um calçadão bem construído, com bancos e conversadeiras ao longo da orla e estacionamento junto à calçada em alguns trechos, a Praia do Forte conta ainda com quiosques que oferecem bebidas geladas e frutos do mar feitos na hora.


Da praia se pode ver cargueiros, transatlânticos e até plataformas, que passam ao largo, rumo aos campos em alto mar, destoando da paisagem.


 A larga faixa de areias muito brancas separa o calçadão das águas resfriadas por correntes polares.


 Águas transparentes são uma característica do Forte. Tons de azul e verde tingem o horizonte para encantamento dos banhistas, que chegam de toda parte.


O mar é normalmente calmo, mas em dias de ressaca, pode dar muito trabalho para os salva-vidas.


Quem teme o gelo da água ou as ondas geralmente pequenas do Forte tem a vasta extensão de 7,5 quilômetros de areias para andar, correr ou praticar esportes.


Uma legião de ambulantes, artesãos e pequenos comerciantes de alimentos fazem da praia o local de seu ganha pão. As elevações cobertas por uma vegetação de restinga são protegidas e compõem o acervo do Parque das Dunas, que vai até Arraial do Cabo.


Se no lado direito, entrando pela praia do Braga, há as dunas de areias brancas, no canto esquerdo ficam o Forte de São Mateus, a colônia de pesca e o parque ecológico dos sambaquis, patrimônio indígena. Do lado de cá, os prédios de apartamento cedem lugar às casas e os grandes quiosques-restaurantes da orla abrem espaço para os pequenos, que fornecem lanches. O agito da praia não chega até aqui, onde predominam os turistas de máquinas em punho a registrar as belezas locais.


 O forte fica no topo de uma ilhota com vista ampla de toda a área. Uma rampa irregular leva ao interior do forte, de onde se tem uma visão em 360 graus do lugar.


 Paredes caiadas e chão de pedra preservam as características históricas da construção.


A pedra escarpada se debruça sobre o mar e pode ser contemplada da mureta do forte.


O forte foi construído em 1618 e guarda a barra do canal de Itajuru, que liga o mar à laguna de Araruama. De desenho quadrangular, ele mantém seus velhos canhões enferrujados.


Areia e pedra cobrem o chão externo do edifício muito rústico.


Ao lado do forte, barquinhos trazem para terra firme a pesca do dia.

 

 As gaivotas fazem a festa, aproveitando os peixes descartados. O Cenário é de final de labuta, no início da tarde, com a chegada do último peixe. O colorido dos barquinhos compõe uma aquarela que enfeita a orla no cair da tarde.


No extremo da Praia do Forte, onde ela se encontra coma boca do canal, o parque exibe seus jardins e espaço de descanso.


Mirantes oferecem ao visitante uma boa vista do mar e da entrada  do canal.


 Lá de cima se vê a barra do canal, ponto preferido por pescadores amadores, que nela jogam seus anzóis ao cair da tarde ou pela manhã.

 (Fotos e textos:  Julio Cesar Cardoso de Barros, Cristina Ramos e Heloisa Barros)


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Um jardim à beira-mar

A mais antiga ocupação da península de Armação dos Búzios, a praia dos Ossos é um documento histórico do período colonial. Ruas muito arborizadas, antigas e modernas casas de pescadores e de veranistas, pequenas pousadas e lojas dividem um espaço acanhado mas muito bem preservado de praia.


O lugar se desenvolveu como base para a pesca da baleia, cujos ossos deixados por toda a parte deram nome à praia. A pesca da baleia, cuja gordura fornecia o óleo combustível para iluminação das casas, a lubrificação de equipamentos, a fabricação de sabão e, supostamente, servia de liga para a argamassa na construção, quase exterminou várias espécies do mamífero marinho ao longo do litoral brasileiro.


Hoje, isso faz parte da história. A praia dos Ossos agora é um canto de beleza especial no litoral fluminense. A vista da enseada, onde barcos de todos os tamanhos aguardam, transmite calma a quem a contempla das sombras que enfeitam a praia.



Uma estreita faixa de areia  separa as águas do calçamento.


O iate clube é uma das atrações do lugar.



Para chegar lá, há um acesso pela capela de Sant'Ana, construída em 1743 no morro que divide as praias da Armação e dos Ossos. 



Construções recentes e antigas dividem o adro da capela de Sant'Ana. Consta que uma imagem da santa foi encontrada no mar, depois que uma leva de escravos salvou-se de um naufrágio. 


A descoberta da santa teria coincidido com período de prosperidade na pesca. 


O contratador de pesca e senhor de engenho Brás de Pina, responsável pelo desenvolvimento da indústria do óleo de baleia na região, teria então construído a capela em homenagem à santa.


Um anjo guarda o adro da capela.


Construída em cal, pedra e argamassa com liga de óleo de baleia, a igreja de Sant'Ana é o testemunho do ciclo da caça do cetáceo na região dos lagos.


Pequenos acqua-táxis a gigantescos transatlânticos podem ser vistos no mesmo quadro onde imperam pesqueiros, veleiros, lanchas e saveiros de turismo.


Pouco usada para banho, a praia dos Ossos é agitada por uma marola mansa que trata bem crianças e idosos.


As casas de frente para o mar são ornadas com jardins fartos e arvoredos.


Construções arejadas e rústicas se encontram por toda a extensão de uma rua de pouco movimento.


Algumas construções encantam pela singeleza da arquitetura.


O verde transborda dos quintais para as ruas.


Os canteiros externos revelam o desvelo dos moradores e veranistas com a manutenção da beleza do bairro.


E a beleza toma a rua de ponta a ponta, fazendo da praia dos Ossos um lugar privilegiado e cobiçado.


A praia dos Ossos é um jardim à beira mar.



A vista que se tem do quintal das casas é para se cobrar ingressos.


Apreciar o pôr-do-sol na primeira fila e não aplaudir exige um grande esforço.
  

O sol refletindo na água ofusca os olhos, mas não o suficiente para esconder o belo visual.



Do alto do morro da capela de Sant'Ana, esta é a vista que se apresenta ao espectador. Imperdível.

(Fotos e texto: Julio Cesar Cardoso de Barros)

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Geribá dá onda


A cinco minutos do centro da cidade, Geribá é a praia dos surfistas e da badalação em Búzios. Embora não muito grandes, suas ondas costuma vir em sequências com qualidade suficiente para que garotos e veteranos dropem à vontade. Sua larga faixa de areia dourada permite que uma multidão de banhistas se aboletem com conforto em suas cadeiras e barracas durante o verão e os feriados.


Seus dois quilômetros de praia são percorridos diariamente por um pelotão de atletas amadores em busca da boa forma.


A areia na banda direita da praia é dourada, com um forte tom alaranjado. Trechos onde ela é mais compacta são utilizados para o futebol.


Ondas constantes, das frontais no centro às direitas e esquerdas ao longo do arco da praia, convidam para a prática do surfe, do wakeboard e do bodyboard. A bandeira vermelha indica que há correntes fortes puxando para fora, mas nada que faça os esportistas desistirem, quando há um bom swell (Foto: Heloisa Barros).


Batizada com o nome de uma palmeira comum no litoral fluminense, Geribá tem em suas águas uma escala que vai do verde claro ao azul profundo.


 As ondas são permanentes, às vezes pequenas, mas quase sempre suficientemente altas para o surfe. Como acontece em quase todas as praias da península, os barcos de pesca marcam presença em Geribá.


Apesar das inúmeras pousadas e hotéis com diárias razoáveis, Geribá é pontilhada de casas de veraneio, muitas delas disponíveis para aluguel na temporada e nos feriados.


 Construídas de frente para o mar, essas casas estão separadas da areia apenas pela estreita faixa de vegetação nativa e canteiros. As construções seguem o estilo buziano, obrigatório nessa parte da cidade.


 A polêmica ocupação dos morros tem sido feita com belos casarões.


Milho verde e água de coco são oferecidos ao longo de toda a praia.


No pedaço dos surfistas, o açaí não podia faltar.

  
Restaurante com lounge e happy hour é um ponto de agito durante o verão. Aberto de frente para o mar, serve peixes frescos, sucos, saladas e coquetéis.


No point mais agitado, Geribá protege o que resta da vegetação de restinga. O veranista traz sua tralha de casa, mas o turista, para não assar ao sol, pode alugar por 30 reais cadeiras e guarda-sol.


Quem não quer pagar os 30 reais, pode contemplar a paisagem enquanto toma uma cerveja na cobertura de palha do restaurante.


 Mais tranquilo, o canto esquerdo da praia abriga a Aldeia de Geribá e tem ruas arborizadas onde estacionar o carro, além de pequenos estacionamentos.


É deste lado que ficam as casas dos pescadores, que dividem as ruas estreitas com bares e algumas casas de veraneio mais modestas.  O acesso à praia se dá por ruelas calçadas com pedras no estilo pé-de-moleque.


Ao longo dos estreitos caminhos até a areia, restaurantes e lanchonetes disputam os clientes com cardápio variado.


Ao contrário do lado direito, aqui as cadeiras, mesas e guarda-sol são oferecidos gratuitamente pelos bares e restaurantes.


 O mar é pequeno para o surfe, mas faz a alegria dos banhistas, pelas águas transparentes.


 Restaurantes rústicos escondem algumas boas surpresas, como pratos elaborados de camarões, peixes frescos e até champanha servido na areia.


Nos dois cantos da praia há pranchas de surfe e stand up paddle para aluguel, além de escolinha de para pequenos e marmanjos que queiram se iniciar na arte de dominar as ondas.



Os siriris perambulam entre as mesas, à cata de migalhas, ignorando a presença dos banhistas.


Deste lado a areia é mais clara e as águas mais calmas e transparentes.


 Uma vegetação mais exuberante oferece até sombra para aquela soneca depois do mergulho.


Geribá é também uma butique, com artesanato variado vendido por ambulantes registrados na prefeitura. Produtos fabricados no local, como cangas, saídas de praia, batas, colares e bijuterias artesanais em geral podem ser comprados na areia até com cartão de crédito.


 Como se não bastasse a beleza local, pelo extremo esquerdo da praia de Geribá o banhista tem passagem fácil para a pequena e bela enseada da Ferradurinha.

(Fotos e texto: Julio Cesar  Cardoso de Barros e Cristina Ramos)